Esta semana foi uma montanha-russa. Até o trabalho resolveu apresentar sucessos e fracassos concomitantes. Duas afecções para maltratar o corpo. Para completar, meu pai resolveu mexer no sótão, à cata de peças para a Lambretta dele, e acabou descobrindo uns brinquedos velhos.
Não são simples brinquedos, eram coisas particularmente queridas, que conservei por muitos anos, mas em algum momento ficaram para trás. Meu pai, um "hoarder" de carteirinha, resolveu estivá-los num baú de metal, verdadeira cápsula do tempo.
Eu tinha a lembrança de ter guardado alguns itens no sótão (mas não o trem a pilha). Quando voltei de Recife e tinha afinal minha própria casa, procurei-os mas não achei nada. A casa dos meus pais tinha sido reformada, o sótão tinha ficado a descoberto e tudo que não era essencial foi para o lixo. Fiquei triste na época, mas me conformei. Confesso que a redescoberta destes brinquedos me pegou emocionalmente desprevenido.
O Ferrorama não deveria ser novidade, já que meu gosto por trens é quase mais notório que o pendor por computadores. O elefantinho de borracha deve causar mais espécie.
Curioso foi constatar que eu ainda lembro perfeitamente do layout do Ferrorama XP-400. Tratei de montá-lo hoje mesmo. "Bobagens" que ficam ocupando espaço na sótão da memória.
Também me fez lembrar do que o Osvaldo Santana costuma dizer: que os brinquedos Estrela eram primorosamente bem-feitos (o lado B é que custavam os olhos da cara). Qualidade que só se encontra hoje em itens de modelismo, e olhe lá. Tem muito vagão HO no eBay que é menos fiel que os vagões do Ferrorama.